Tiago Silva (foto), do
PDT, foi o vereador mais votado da história da Câmara de Florianópolis. O jovem
de 29 anos teve 6.860 votos.
O candidato é conhecido na cidade por ser o organizador da
Parada Gay local. Essa foi a sua segunda tentativa de se eleger vereador. Filho
de uma empregada doméstica, Tiago nasceu no morro do Mocotó, a principal favela
da capital catarinense.
“A esperança venceu o medo. Eu não esperava ser o mais votado
nem nos meus melhores sonhos. O melhor de tudo foi bater as famílias
tradicionais que sempre venceram na política florianopolitana”, declarou o
candidato após a divulgação do resultado.
Em Bauru, no interior de São Paulo, Markinho da Diversidade
também foi eleito vereador. O candidato é um dos organizadores da Parada Gay da
cidade e se elegeu com 2.838 votos, ficando na 12ª posição. Salvador também
terá uma representante da classe. A médica Fabíola Mansur, do PSB, foi eleita
com 6.524 votos. Já a cidade gaúcha de Cruz Alta elegeu o militante e gay
assumido Everlei Martins, do PSB, com 778 votos.
Enquanto isso, em São Paulo, nenhum candidato LGBT foi eleito.
Entre os 10 representantes da comunidade que concorriam a uma vaga na Câmara, a
mais votada foi Silvetty Montilla.
A drag teve 4.763 votos e entre os 1.167 candidatos, ficou na
162º posição. Dentro do seu partido, o PSOL, Silvetty foi a terceira mais
votada. Como o partido elegeu um candidato a vereador, ela será a segunda
suplente. “Genteee… Obrigado pelos votos! Amei essa experiência… E força na
peruca, e como sempre não desisto de um ideal, estarei sempre presente…
Estaremos sempre renovando com ideias e objetivos e ficando atento com tudo
para nos favorecer!”, postou a drag em sua página no Facebook.
Em seguida vieram Marcos Fernandes, do PSDB, e o ex-BBB
Serginho, do PSD, que tiveram 2.619 votos cada. Para Serginho, ele não foi
eleito por preconceito. “Ser votado em política é muito difícil, ainda mais com
tanto preconceito e desunião entre os gays”, postou em sua página no Twitter. O
ex-BBB disse ainda que vai tentar se eleger deputado federal nas próximas
eleições, em 2014.
No Rio de Janeiro, Eduardo Paes, o prefeito ultra-simpatizante
da causa gay, foi reeleito pelo PMDB com 64,60% dos votos. Infelizmente, o
vereador Carlos Bolsonaro do PP, filho do deputado Jair Bolsonoro, também foi
reeleito com 23.679 votos. Já o professor Eliseu Neto, único candidato gay
assumido da cidade, recebeu apenas 1.432 votos e não conseguiu chegar à Câmara
Municipal.
Fonte/Fotos: A Capa
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