Após uma discussão interna de
dois anos, os Garotos Escoteiros dos Estados Unidos decidiram, nesta terça-feira,
17, reafirmar enfaticamente sua política de exclusão de gays, descartando
qualquer alteração, a despeito das campanhas de protesto.
Um comitê de11 membros, formado
pela liderança dos escoteiros em 2010, “chegou à conclusão que a política é
absolutamente a melhor política para os Garotos Escoteiros dos EUA”, disse o
porta-voz da organização, Deron Smith.
Segundo o porta-voz, o comitê,
formado por profissionais escoteiros e voluntários, foi unânime na conclusão,
que mantém uma política de muitos anos confirmada pela Suprema Corte dos EUA em
2000 e que tem gerado controvérsia desde então.
Como resultado da decisão, a
executiva nacional dos escoteiros não analisará mais uma resolução apresentada
recentemente que pede que seja reconsiderada a política “antigay”.
O grupo de escoteiros não
identificou os integrantes da comissão, mas diz no comunicado que eles
representam “uma diversidade de perspectivas e opiniões”.
O chefe-executivo do grupo, Bob
Mazzuca, disse que a maioria das famílias de escoteiros apoia a política, que
se aplica a líderes ou escoteiros comuns.
“Nem todos os membros concordam
pessoalmente com esta política, e talvez escolham uma direção diferente para
suas organizações, mas a liderança dos Garotos Escoteiros dos EUA concorda que
essa é a melhor política para nossa organização”, diz o texto.
Desde 2000, o grupo vem sendo
alvo de campanhas de protestos e conflitos com leis locais de não discriminação
devido à política de não adesão.
Em maio deste ano, o escoteiro
Zach Wahls, 20, filho de um casal gay, recolheu 280 mil assinaturas em uma
petição pedindo a mudança da política “antigay” do grupo.
O documento também quer que Jennifer
Tyrell, mãe de um escoteiro de sete anos que teria sido expulsa do grupo em
abril por ser lésbica, seja reintegrada.
Fonte/Foto: G1/Reuters
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