O
ministro da Educação, Aloizio Mercadante, e o presidente do Conselho Federal de
Psicologia (CFP), Humberto Verona, assinaram na quinta-feira, 20, um convênio
para o estudo da violência e elaboração de um plano para o combate à homofobia
nas escolas. A parceria
foi firmada durante a cerimônia de abertura da 2ª Mostra Nacional de Práticas
em Psicologia, em São Paulo. O evento termina no sábado, 22.
“Esperamos
com esse convênio um trabalho intenso em toda a rede, com trabalho de campo,
para o desenvolvimento de políticas para uma escola acolhedora, uma cultura de
paz, tolerância, convívio com as diferenças, com a pluralidade sexual, racial,
religiosa, que enfrente o preconceito e a discriminação e coloque a escola
pública em outro patamar e prepare o país para essa nova era do conhecimento”,
disse o ministro.
Mercadante destacou o
desafio de colocar a educação, a ciência, a tecnologia e a inovação como eixo
estruturante de uma política de inclusão. “E a educação precisa do respaldo
intelectual dos psicólogos”, afirmou. Ele lembrou as ações do MEC voltadas à
ampliação do atendimento nas creches (o país tem apenas 23% das crianças
pequenas matriculadas nesses estabelecimentos) por meio do programa Brasil
Carinhoso, e do tempo de permanência na escola dos alunos do ensino fundamental
vão requerer o trabalho desses profissionais.
A Mostra Nacional de Práticas em Psicologia é um evento
comemorativo dos 50 anos da regulamentação da profissão de psicólogo. Além do
ministro Mercadante, estiveram na cerimônia de abertura representantes dos
ministérios do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, da Saúde e da
Secretaria de Direitos Humanos.
Em uma mensagem gravada em vídeo, o ministro Alexandre Padilha,
da Saúde, lembrou que o psicólogo, que trabalha para reduzir o sofrimento das
pessoas e conhece a mente humana, é cada vez mais necessário em políticas para
o setor, onde são previstas a ampliação da oferta de Centros de Atendimento Psicossocial
- Caps e de consultórios de rua.
Kit
anti-homofobia
Em maio de 2011, o então ministro da Educação, Fernando Haddad,
afirmou que kit anti-homofobia que estava sendo preparado para combater o
preconceito contra homossexuais na escola poderia incluir outros grupos que
também são vítimas de discriminação. A sugestão havia sido feita pela Frente
Parlamentar em Defesa da Família.
No entanto, após pressão da bancada religiosa, o governo recuou
no projeto.
O kit foi elaborado por entidades de defesa dos direitos humanos
e da população LGBT a partir do diagnóstico de que falta material adequado e
preparo dos professores para tratar do tema. Ele era composto por cadernos de
orientação aos docentes e vídeos que abordavam a temática do preconceito, mas
foi cancelado depois que a presidenta Dilma Rousseff assistiu a um dos vídeos e
não gostou do conteúdo.
Fonte/Foto: Sul 21/Antônio Cruz-Agência Brasil
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